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Você já observou que em momentos de processo seletivo, por exemplo, quando somos questionados (ou questionamos) quais são as nossas maiores qualidades e defeitos, o porquê jamais confessamos o quanto nos sentimos inseguros em algumas circunstâncias?


Sim, existem dias em que acordamos esbanjando confiança, autoestima e otimismo, e tudo o que fazemos só nos traz resultados positivos. No entanto, negamos ?de pés juntos?, como dias sombrios também fazem parte de nossa rotina, e que em dias assim, a insegurança parece querer nos dominar e nada daquilo que nos propusemos a fazer dá certo.


Fernando Pessoa chegou até mesmo ironizar: Nunca conheci quem tivesse levado porrada (ou seja, se dado mal) Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo (nunca admitem falhas, erros e que às vezes se comportam mal). E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil. (Que têm condutas inadequadas, que faz besteiras e dá cabeçadas). Eu tantas vezes, irrespondivelmente parasita Indesculpavelmente sujo...


Como indivíduos, desejamos sempre transparecer êxito, e emoções estáticas, mas a realidade não é bem assim, certo?


Pois bem, a insegurança, indiscutivelmente, é nosso pior inimigo porque se transforma em baixa-estima e nos desestimula a seguir os caminhos que conduzem ao sucesso porque tememos estar agindo errado. Entretanto, a insegurança também não é nenhum ?bicho-de-sete-cabeças?. E é comum, eventualmente, ela acometer os seres humanos. O incomum é permitir que nos domine e nos impeça de caminhar para frente.


Alguns psicólogos defendem que existem dois tipos de insegurança: (1) a momentânea, e (2) a contínua. A primeira surge normalmente em situações novas, como um novo emprego, por exemplo, um novo cargo, uma nova condição social, entre outras ocasiões em que teremos que nos deparar com aquilo que ainda desconhecemos ou não dominamos.


A insegurança pode se transformar em um medo que paralisa as pessoas, bloqueia os profissionais (impedindo a produtividade) e barrando-os de tomar decisões, impedindo também de dar novo rumo à sua vida, se melhorarem. Mas sempre há um jeito de se resolver isso, desde que haja conscientização de que esse é um grande mal que deve ser eliminado. Este é, na verdade, o primeiro passo para vencer a insegurança: reconhecer seus próprios limites, assumir os aspectos e situações que nos deixam inseguros e se conscientizar da necessidade de melhorar, buscando mecanismos, treinamentos e ajuda de especialistas (se for o caso) para isso. Por exemplo: se a pessoa se sente insegura quanto ao seu desempenho profissional, poderá encontrar segurança e elevar sua autoestima recebendo mentoria, fazendo cursos de especialização e aperfeiçoamento ou buscando ajuda por meio da terapia. Só não vale continuar se sentindo inseguro continuamente.





Sabemos que em determinadas situações, é absolutamente comum sentir temporariamente a insegurança como resultado de uma manifestação de passividade emocional. Entretanto, a mesma insegurança temporária, se persistente por um período muito longo, pode até mesmo se transformar em um distúrbio de personalidade, sabia? Quando isso ocorre, a insegurança pode ser ansiosa ou dependente.


No caso da ansiedade, as dificuldades são tantas que as pessoas em geral se esquivam dos contatos pessoais, físicos e verbais chegando a estacionar em diversas áreas da vida por falta de interação, embora seu desejo seja de conseguir se relacionar e criar relacionamentos de amizade. Pessoas com esse perfil em geral são tímidas, têm baixa autoestima, são hipersensíveis e sentem-se constantemente indesejadas.


Quando convidadas a interagir com seus grupos ou pares, somatizam os medos, desenvolvendo sinais visíveis de timidez não-saudável, como vermelhidão no rosto, voz trêmula, taquicardia e tremores. Viver assim não dá, né?


Mas afinal, como vencer o fantasma da insegurança?


Busque o autoconhecimento ? O autoconhecimento permitirá que você conheça a si mesmo e entenda os primeiros sinais de que a insegurança está querendo ?dar as caras?. Quando praticamos o autoconhecimento fica mais fácil perceber quais pequenas mudanças pontuais podem ser tomadas para começar a driblar esta condição.


Dê passos vagarosos ? Isso mesmo, você não leu errado! Pise no freio quando o assunto for insegurança. Começar com pequenos passos pode facilitar o processo, Evite pensar em grandes passos, em coisas estrondosas e notórias, porque é capaz da preguiça entrar em cena (afinal mudar é trabalhoso). Inicie com pequenos movimentos e assim vá se ajustando e se encorajando para seguir em frente.


Entenda que nem tudo é insegurança ? Um importante fator para superar a insegurança está em prestar mais atenção em si mesmo e discernir a voz de medo da voz de intuição. Às vezes, o receio é uma forma em que seu instinto protetor encontrou para lhe indicar que abraçar este novo negócio não é uma boa ideia, ao invés de insegurança em si. Saiba entender seus palpites e ouvir as suas vozes internas. Focar no que o outro espera pode fazer com que você se esqueça do que realmente é importante a você neste momento. Procure priorizar suas escolhas, intuições e intenções. Não generalize!




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